Ernest Urtasun, o Ministro da Cultura, é um opositor declarado das touradas que já se referiu ao espetáculo como “injusto, sádico e desprezível” e propôs revogar a lei que protege as touradas como parte da Cultura e do Patrimônio da Espanha.
O Ministério afirmou que, segundo seus dados, apenas 1,9% da população compareceu a pelo menos uma tourada entre 2021 e 2022. “O fim deste prêmio é um reflexo fiel dos valores e sentimentos da sociedade, cuja preocupação com o bem-estar animal tem aumentado”, disse uma fonte deles ao jornal online eldiario.es.
Organizações pelos direitos animais já se manifestaram celebrando o fim do prêmio em dinheiro. “A crueldade com os animais não deveria receber prêmios. As touradas não fazem mais do que perpetuar a ideia perversa de que os animais existem para nosso uso e prazer”, declarou Aida Gascón, da ONG Animanaturalis, em entrevista ao i News.
Já Victorino Martín, presidente da Fundação Toro de Lidia, organização em defesa das touradas, acusou o Ministro da Cultura de discriminar as touradas “por motivos ideológicos”. Além disso, ele acusou Urtasun de censura.
Em resposta a Martín, a Fundação para a Preservação das Raças de Touros se manifestou no X. “Se não é a cultura daqueles [que apoiam essa medida], é a cultura de outras pessoas, então protegendo os touros, estamos protegendo a pluralidade. A cultura pertence ao povo”, dizia a postagem.