“Não tem como não se emocionar quando as pessoas chegam até nós implorando pelo salvamento de seus animais domésticos, incluindo desde cães e gatos até galinhas e coelhos. Elas chegam até nós suplicando pelo salvamento. Nos seguram e arrastam, para que façamos o resgate de maneira urgente. É desesperador”, conta ela.
No ano de 2023, a especialista em resgate de animais já atuou na grande inundação que atingiu diversos municípios gaúchos nos meses de julho e setembro.
“Quando chegamos aqui no ano passado encontramos um cenário de guerra. Eu jamais imaginaria voltar e encontrar uma situação muito pior. Uma verdadeira tragédia”, afirma.
A médica veterinária conta que a viagem de Lages até Porto Alegre durou 18 horas e que muito trabalho ainda os aguarda.
“Quando chegamos aqui já iniciamos os resgates. A média de salvamento é em torno de 100 animais ao dia. Eles chegam em péssimas condições de saúde, hipotérmicos e famintos. Após os primeiros socorros, os encaminhamos para um abrigo temporário”, diz.
“É um cenário caótico, não tem como mensurar o desastre que está acontecendo, pois, as águas ainda estão subindo de nível. Será uma longa caminhada de reconstrução”, conclui.
Fonte: NSC