O estudo, que envolveu tentilhões-zebra, aves endêmicas da Austrália, expôs os ovos a diferentes sons, e os filhotes foram criados pelos pais após a eclosão. No entanto, os pesquisadores os transferiram para locais com ruído durante várias horas à noite, sem expor os pais, para estudar os efeitos da exposição ao barulho.
À medida que as aves amadureciam, os efeitos negativos do ruído do tráfego tornavam-se mais evidentes. Quando atingiam a idade reprodutiva, as aves expostas ao ruído tiveram uma redução de mais de 50% na prole em comparação com aquelas não expostas, persistindo não apenas na primeira temporada de reprodução, mas também nas subsequentes.
A Dra. Mylene Mariette, uma das autoras do estudo, destacou a preocupação com os impactos severos do ruído do tráfego sobre os tentilhões-zebra. Apesar de não estar clara a razão exata desses impactos, ela enfatizou a necessidade urgente de medidas de redução de ruído, tanto para o benefício da vida selvagemquanto dos seres humanos.
Várias soluções foram propostas para diminuir a poluição sonora, incluindo o uso de veículos elétricos e o plantio de árvores e sebes ao longo das estradas para absorver o som. Além disso, a manutenção de parques e jardins municipais silenciosos e a minimização do uso de ferramentas ruidosas, como sopradores de folhas, foram ressaltadas como medidas importantes.
Este estudo se junta a outros que encontraram efeitos prejudiciais da poluição sonora em animais selvagens, destacando a necessidade urgente de ações para mitigar os impactos negativos do ruído do tráfego e preservar a biodiversidade.